terça-feira, 15 de março de 2011

Elaboração de Oficina

Olá,
Mais uma notícia, e essa é muito legal.
Uma das atividades da ação com as crianças ano passado no projeto Para Contar (escrever) Outras Histórias, foi a construção de Foldes de apresentação. Esse folder tinha como objetivo trabalhar a temática da identidade com as crianças. Nesses folder elas  teriam que ter informações a respeito deles/as, como eles/as se identificariam, ou seja, as crianças foram desafiadas a representarem-se no folder, a partir de imagens que produzissem sentido em suas vidas.



Um caso essencial a relatar-se ocorreu no dia da produção dos folders, em que uma aluna afrodescendente e que possui peso acima da sua estatura, chamou-nos a atenção, pois em nenhuma revista ela se identificava, já  que os/as famosos/as apresentados/as nas revistas não possuíam o perfil semelhante ao dela. Cabe denunciar, que estes fatos afetam profundamente a autoestima das crianças, neste caso especificamente a menina após não se identificar com nenhuma imagem informou que não faria a atividade, ficando extremamente chateada. Essa situação impulsionou-nos a refletir enquanto educadoras sobre qual ação deveríamos efetivar naquele momento, foi então que sentamos ao lado da menina e tentamos procurar alguma foto que se parecesse com ela. A partir desse fato, reiteramos a necessidade de questionarmos os padrões de beleza que são impostos para sociedade, pois eles não vêem contemplando todas as pessoas e diferentemente de alguns anos atrás, atualmente os indivíduos estão denunciando as suas insatisfações. Por isso, torna-se imperativo transgredir esses padrões para que assim consigamos abranger todos/as.(Relatório de Extensão UDESC, p.3, 2010).



Essa prática não é nada mais que um retrato das ações de extensão vinculadas a teoria e a prática das disciplinas da graduação. Mostra mais uma vez a importância de nós alunos/as da graduação passarmos por projetos de extensão, pesquisa, entre outros. Pois assim, podemos fazer essa ponte entre a extensão e a graduação.

Por enquanto é isso. Assim que tiver a oficina montada, trarei notícias!
Uma ótima semana!
Mônica
Após essa experiência, este ano na disciplina de prática de ensino levei a ideia e eu junto com meu grupo elaboramos um plano de aula, em que melhoramos ainda mais a ideia incial e construimos uma nova metologia. Assim, após essa nova construção, surgiu a ideia de fazer com que essa atividade do projeto junto com a construção do plano de aula, virasse na verdade uma oficina no projeto de extensão, Suporte as políticas públicas, a partir de 2011.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Feliz 2011

Iniciamos nossas atividades este ano em janeiro, mas só agora pude atualizar o blog.
Minha atualização é para comunicar que está sendo produzido um artigo, baseado nas ações de extensão do projeto Para contar (escrever) Outras Histórias. O objetivo é publicar até o final de março em uma revista online de educação.

Ainda para este ano, também elaboraremos sob a coordenação da Professora Neli Góes, a organização do livro do programa Diversidade Étnica na Educação.

Fora essas publicações, este ano estaremos participando de eventos no qual apresentaremos comunicações sobre essas ações do projeto!

Caso alguem queira alguma informação, entre em contato pelo e-mail mo_vieira@yahoo.com.br.

Atenciosamente,
Mônica

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Ação na Associação de Mulheres Negras Antonieta de Barros

Ação na Associação de Mulheres Negras Antonieta de Barros


Durante o mês de julho iniciaram-se na associação as atividades que consistem na participação das oficinas de fuxico, que acontecem todas as quartas-feiras, das 14h às 17h, nas quais o objetivo é realizar entrevistas com as mulheres resgatando histórias de vida e posteriormente transcrever esses dados.

A ação ainda está em andamento e retornamos as atividades nesta quarta-feira, dia 11 de Agosto, retomando a entrevista com a dona Almira, na qual haviamos parado de entrevistá-la quando ela nos contava a sua infância. Nessa última entrevista ela nos contou sobre a sua adolescencia, a sua fase adulta, quando casou, como teve seus filhos e sobre sua vida profissional. Dona Almira tem 66 anos e é natural de Imbituba.
Participam dessa atividade as bolsistas Mônica e Priscila e posteriormente estaremos fazendo as transcrições das entrevistas e futuramente socializaresmos com a sociedade.

Oficina E.E.B. Ildefonso Linhares

Projeto Pra contar (escrever) outras histórias


Ação E.E.B Ildefonso Linhares

No mês de julho foram realizadas na instituição EEB Ildefonso Linhares, um ciclo de oficinas “Introdução ao Mundo Digital”, com carga horária de 20h, sendo que essas tinham como objetivo a construção de blogs com crianças de 10 a 12 anos. A intenção da criação dos blogs era proporcionar às crianças um contato com o mundo digital, e a partir disso incentivá-los/as a resgatar suas histórias de vida através da internet.



Nos encontros além da construção dos blogs, foram realizadas dinâmicas de grupo para a integração dos/as participantes, construção de folder de apresentação para que eles/elas pudessem se conhecer, assim como trabalhar a auto-estima e a construção e valorização de sua identidade.
Participaram das oficinas, aproximadamente 13 crianças e como oficineiras as bolsistas Mônica Dias e Priscila Freitas.

Alguns blogs podem ser consultados abaixo:
http://oscarh-tarobinha.blogspot.com/
http://anapaula-minhavidaminhahistoria.blogspot.com/
http://vica-minhavidananet.blogspot.com/

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Memórias da minha vida...

Como o intuito do blog é divulgar as atividades desenvolvidas nas oficinas do projeto de extensão e uma das atividades com os/as participantes será a construção de um blog para que eles/as possam estar socializando suas histórias de vida com a sociedade e com eles/as próprios/as, também irei socializar minha história.
Iniciarei contextualizando desde a pré-escola até os anos atuais!!!

Meu primeiro dia de aula, 1990, nunca havia freqüentado antes um jardim de infância, fui direto para a pré-escola com sei anos. Lembro que chorei muito, não queria entra na sala com a professora. Ficava segurando no braço da minha mãe. Minha primeira professora se chamava Léia, era negra e foi minha primeira referência. Até hoje tenho contato com ela, quando visito o colégio que estudei durante toda a minha vida.



A primeira serie, professora Terezinha, usava cartilha como ferramenta de alfabetização, nunca me esqueço da história que era usada para apresentar a família do “D”. Em que ocorre um diálogo entre mãe e filha:


Título: “Dadá come a comida”

- Dadá comeu a comida?

– A comida ficou!

– E a cocada?

– A cocada acabou?!


Na segunda série, professora Lenir ou Teresa, não me lembro. Usei uma folha que havia usado para estudar em casa e colei na prova. A professora me viu colando e tirou a “cola” de mim. Deixou eu continuar a prova, mas grampeou a “cola” na minha prova para que minha mãe assinasse! Acho que é por isso que até hoje tenho pavor de prova, mesmo sabendo a matéria.

Na terceira serie, conheci a professora Adriana, muito brava! Essa é minha única lembrança dessa fase.

Quarta e quinta série não me lembro de ninguém.

Sétima série minha única lembrança é de que fiquei em recuperação pela primeira vez, na disciplina de matemática.

Oitava série organizei a formatura da turma no Hotel Fazenda Jomar. Passamos um final de semana no hotel, foi muito legal! Até hoje tenho contato com toda a turma!












O ensino médio também foi marcado pela organização da formatura, que ocorreu no Conselho Comunitário do Rio Tavares. Para fazer o levantamento da verba, a turma se empenhou na venda de bolos, salgados na hora do intervalo das aulas e organização de rifas. Atualmente também mantenho contato com algumas pessoas.

Após a formatura minha vida ficou marcada por uma fase de pré-vestibular, foram cinco anos de cursinhos. Na época eu prestava vestibular para Psicologia na UFSC. Eu era muito empenhada nos estudos, mas quando chegava o dia da prova, entrava em desespero.

Em 2007 desisti e entrei por processo seletivo na UNIVALI, no curso de Pedagogia, onde cursei dois anos do curso.


Entretanto, no final de 2008 prestei uma prova de transferência externa para a UDESC, com o apoio e insistência da minha melhor amiga Mariana, tirei nota 7,0 na prova e em 2009 iniciei o curso em uma Universidade pública e gratuita.


Assim, em 2009 minha vida é marcada por uma nova fase e o início de uma caminhada. Nas primeiras semanas de aula já fiquei sabendo das atividades do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e procurei saber como era o processo de inclusão no núcleo. Foi então que conheci a professora Neli, inicialmente falei sobre minhas expectativas e interesses com os projetos de extensão e então ela me deu uma chance.

Entrei como bolsista do Projeto Formando Educadores Multiculturais, no qual pude ter contato com a educação à distância, com a Lei 10.639/2003, multiculturalismo, Educação das Relações Étnicorraciais e Educação Multicultural, no qual desenvolvi atividades de tutoria do curso, uma ação do projeto.

Integrante do núcleo, além de participar das ações de extensão temos contato com várias outras atividades, como produção e auxílio de projetos, administração de atividades do núcleo, participação em grupos de estudos referentes a nossa temática e que esta me possibilitando um grande avanço intelectual, viagens de estudos, apresentações de trabalhos em outras Universidades, acesso a informações, enfim estou adquirindo um grande avanço tanto na vida pessoal como acadêmica. E falando de vida acadêmica não poderia deixar de fora o professor Paulino, que tem sido um grande incentivador e que possibilitou meu acesso a extensão.

Atualmente, sou bolsista do Projeto Para escrever (contar) Outras Histórias, no qual visa a possibilidade de levar o acesso de informações do mundo digital aos jovens e adultos, crianças e adolescentes, possibilitando que eles/as também socializem suas histórias de vida através de blogs, assim como eu estou fazendo um relato de toda minha trajetória como acadêmica dos seis aos vinte e seis anos.